Das 20 às 21 horas do dia 18 de março de 1947, uma terça-feira, estreia, na Rádio Peninsular, o programa semanal Parada da Paródia, dando início a um ciclo de 50 anos de humor popular na rádio portuguesa.
Realizado pelos Parodiantes de Lisboa, um grupo fundado pelos irmãos Rui e José Andrade (ambos já falecidos), contava, no seu início, com as colaborações de Ferro Rodrigues, Manuel Puga, Mário Ceia, Mário de Meneses Santos, Benjamim Veludo e Santos Fernando, embrião da vasta equipa que haveria de surgir nos anos imediatos.
Os irmãos Andrade já haviam tido, anteriormente, entre Fevereiro de 1946 e Março de 1947, um jornal humorístico chamado A Bomba.
Em 1960, a Parada da Paródia serviria de título a um outro semanário de humor, promovido pela mesma equipa.
Por essa altura, os Parodiantes de Lisboa já apresentavam diariamente o programa Graça com Todos, emitido à hora do almoço. A sua repercussão era tal, que as famílias deixavam de conversar à mesa para o escutar.
Em breve, o Graça com Todos era emitido também em Angola, Moçambique, Timor, Macau e Austrália.
Os Parodiantes de Lisboa criaram personagens que ficaram na memória de todos aqueles que tiveram o privilégio de os escutar. Citamos algumas:
- Patilhas e Ventoinha
- Compadre Alentejano
- Menino Arnestinho
- Manas Catatua
- Delicadinho da Silva
- O Amigo Fresquinho
Os Parodiantes de Lisboa marcaram toda uma época na rádio portuguesa. Programas com a sua assinatura, como Radionovela, Teatro Trágico, Entre as Dez e as Onze e Vira o Disco eram escutados por um elevado número de pessoas. O saudoso PBX, emitido à noite no Rádio Clube Português, tinha, na altura, um impacto tão grande senão superior a muitos dos programas hoje apresentados no horário nobre televisivo.
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