A 18 de maio de 1475, nasce, em Lisboa, Afonso de Portugal.
Como único filho sobrevivente do casamento de D. João II com D. Leonor, caber-lhe-ia assumir o trono, aquando da morte de seu pai.
Em sua homenagem, D. João II de Portugal batizou de “Príncipe” a ilha mais pequena do arquipélago de São Tomé e Príncipe.
Casou-se, ainda criança, com Isabel de Aragão, filha primogénita dos apelidados reis Católicos Isabel I, de Castela e Leão e D. Fernando de Aragão.
Com a morte prematura de D. João, príncipe das Astúrias, segundo filho dos Reis Católicos e herdeiro indigitado destes, o trono de Castela, Leão e Aragão passaria para o príncipe D. Afonso de Portugal, uma vez que a sua filha primogénita estava casada com este e não havia mais filhos varões. Ficaria, assim, toda a Península Ibérica nas mãos de Afonso, futuro rei de Portugal.
A morte de Afonso de Portugal (ver imagem), ocorrida a 13 de julho de 1491, não permitiu que esta união ibérica se realizasse.
D. João II teve, pelo menos, mais dois filhos fora do casamento:
Brites Anes de Santarém, do seu relacionamento com Brites Anes, a Boa Dona;
Jorge de Lencastre, do seu envolvimento com D. Ana de Mendonça, dama de sua esposa, a Rainha D. Leonor.
Por este último, o rei aparentava nutrir grande afeição. Para além de ter sido 2.º Duque de Coimbra, foi ainda Grão-Almirante de Portugal, 13.º Mestre da Ordem de Santiago e 9.º Administrador da Ordem de Avis.
Depois da morte de D. Afonso, o rei gostaria de lhe deixar o trono, mas o Papado, influenciado pelos poderosos Reis Católicos, opôs-se a esta sucessão, acabando por ser coagido a nomear como sucessor o Duque de Beja, seu primo, que viria a ser o futuro rei D. Manuel I de Portugal.
Saliente-se que D. Manuel I casou com a viúva de D. Afonso e, mais tarde, com D. Maria de Aragão e Castela, quarta filha dos reis Católicos mas o trono de Castela, Leão e Aragão passaria para Joana, a Louca, sua terceira filha.
A imagem que acompanha este artigo é uma cópia parcial de um quadro do século XVIII, existente no Palácio Nacional de Sintra, referente à prematura morte do Príncipe D. Afonso.
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