
A 19 de maio de 1797, nasce, em Queluz, Maria Isabel Francisca de Assis Antónia Carlota Joana Josefa Xaviera de Paula Micaela Rafaela Isabel Gonzaga de Bragança e Bourbon.
Era filha do rei D. João VI de Portugal e da Infanta Carlota Joaquina da Espanha.
Aquando das invasões francesas, acompanha os pais na ida da família real portuguesa para o Brasil.
Era irmã de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal.
A 29 de Setembro de 1816, torna-se rainha consorte de Espanha, através do casamento com o seu tio, o rei Fernando VII.
Como muitos outros casamentos reais, teve como objetivo reforçar as relações entre duas nações: Espanha e Portugal.
Esta princesa portuguesa destacou-se pela sua cultura e pela afeição que tinha pelas diversas expressões artísticas. Para além de ter tomado a iniciativa de abrir às mulheres a Academia de San Fernando, até aí apenas frequentada por homens, reuniu obras de arte pertencentes aos monarcas espanhóis, a fim de criar um museu real.
Teve dois partos. No primeiro, a sua filha nasceu morta. No segundo, ocorrido, em Aranjuez, a 26 de dezembroo de 1818, o drama foi muito maior: os médicos descobriram que o bebé estava morto e notaram que, aparentemente, a rainha deixara de respirar. Julgando-a morta, começam a cortá-la para retirar o feto. A rainha recupera, começando a gritar esvaída em sangue. Já nada puderam fazer por ela, pois os golpes que lhe haviam dado foram fatais. Ficou conhecida pelos espanhóis como a rainha que morreu duas vezes.
Está sepultada no Mosteiro do Escorial, nos arredores de Madrid.
Poucos meses após a sua precoce morte, é inaugurado, com as obras artísticas por ela reunidas, o futuro Museu do Prado. Maria Isabel de Bragança ficaria, para sempre, ligada à fundação deste museu, considerado atualmente como um dos mais importantes do mundo.
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