Na noite de 3 de agosto de 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço dos Reis Católicos de Espanha, parte de Palos de la Fontera, com três navios: uma nau maior, Santa María, apelidada Gallega, e duas caravelas menores, Pinta e Santa Clara, apelidada de Niña.
A 12 de Outubro de 1492, alcança o continente americano.
A nacionalidade deste navegador levanta muitas dúvidas.
Existe um documento datado de 22 de fevereiro de 1498 em que Colombo se assume como um tecelão de Génova.
Diversos investigadores consideram que Colombo era português, nomeadamente o luso-americano Manuel da Silva Rosa que estuda esta matéria há cerca de 30 anos.
Segundo Silva Rosa, o documento de 22 de fevereiro de 1498 atrás citado, utilizado para comprovar a naturalidade genovesa, é falso porque:
A 19 de maio de 1506, na cidade espanhola de Valhadolid, Colombo mandou chamar o notário e várias testemunhas para fazer uma adenda a um testamento que havia feito em 1502, não havendo nele qualquer referência a um eventual testamento realizado anteriormente. A adenda de 1506 pode ser consultada no Arquivo Geral das Índias, em Sevilha. Infelizmente, o testamento de 1502 ainda não foi encontrado. Quando tal suceder, talvez a naturalidade de Colombo fique finalmente devidamente comprovada.
No testamento de 1498, Cristóvão Colombo pede ao príncipe D. Juan, filho dos reis de Espanha, que faça cumprir o documento, uma vez que o posto de almirante fazia parte da herança e eram os reis quem controlavam esses cargos. Ora seria impossível Colombo fazer tal pedido a D. Juan, pois este morrera quatro meses e meio antes, a 6 de outubro de 1497 e como os seus filhos eram pajens deste príncipe, tê-lo-iam certamente avisado desta morte. Poder-se-ia argumentar que as comunicações eram muito demoradas na altura, mas existe o relato de um dos filhos a dizer que, após a morte de D. Juan, o pai os enviou, a 2 de novembro de 1497, para servir de pajens à rainha D. Isabel, o que prova a falsidade do documento de 1498. Colombo nunca se dirigiria documentalmente a alguém que já sabia estar morto…&P>
Manuel Rosa publicou estas investigações no Livro O Mistério Colombo Revelado, cuja versão portuguesa foi publicada em 2006 pela Editora Ésquilo. Alguns autores desconsideram o valor de Manuel Rosa por este não ser licenciado em história mas Joaquim Veríssimo Serrão (1925-2020), consagrado Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, aceita, a 99%, as suas teses.
O facto de Cristóvão Colombo ter dado a inúmeras ilhas por si descobertas o nome de localidades alentejanas, com destaque para Cuba, que seria a sua terra natal, reforçam a tese portuguesa.
Por outro lado, sabe-se que Colombo foi casado com uma filha de Bartolomeu Perestrelo, um dos descobridores do arquipélago da Madeira.
Vários outros países disputam a naturalidade de Colombo, nomeadamente a Polónia e a França.